Direção e Ação

Os ensaios desse ultimo fim de semana, dias 02 e 03  de outubro... Tiveram grandes contratempos...

Durante muito tempo trabalhamos técnicas teatrais baseando nas escolas teatrais...
Trabalhamos técnicas vocais, técnicas de criação de personagem, técnicas de conscientização corporal, técnicas para projeção vocal em fim...

Não só técnica como também trabalhamos teoria, sobre criação, tipos de palcos gêneros teatrais e outros.
Agora nosso foco se volta para criação de personagens e montagem de espetáculos.
 E foi nesse momento que diagnosticamos alguns problemas...

Todos estavam perfeitos em técnica, porem no momento em aplicá-las na atuação em si, vimos muitas dificuldade...
Por isso foi necessário uma intervenção dos diretores.

No domingo antes de se iniciarem as atividades. Todos os diretores conversaram com cada artista, um a um.
Claro o resultado foi mais que espantosos... Tudo que falamos foi utilizado em cena, e todas as atividades foram realizadas com perfeição...

O ensaio deveria ser avaliado como + +, porem devida a alguns problemas que ocorreram entre os artista, não pude avaliar com essa nota e sim como  -  - ... E como já havia anunciado isso, não poderia voltar a trás por mais que o ensaio depois fora satisfatório.

Generos trablhados com sucesso, comedias, musicais e novelas mexicanas que trouxeram resposta satisfatória dos diretores, como diz nossa amiga Ana Paula:

"OHHH!!!!!"

O problema em si não é necessário ser exposto aqui...

Mas acredito que agora será resolvido, já que conversamos com as pessoas envolvidas.
Espero que compreendam que as intenções por mais que sejam nobres, às vezes são feitas de forma errada, no momento errado e no local errado. A situação em si foi indemissível e espero que jamais ocorra novamente, ou terei que tomar decisões mais drásticas em relação a isso.

Diretores

Conversamos com algumas pessoas sobre o papel dos diretores...

Por mais que pensem que nossa função se baseia apenas no ação e corta, gostaria que todos entendessem que existe muito mais que isso.

Nós somos aqueles que depositaram em todo o grupo a nossa imagem, e sem ao menos o direito de nos defendermos, afinal quando estiverem em palco, estarão expondo o que ensinamos ou tentamos ensinar, estarão expondo nossa visão da obra, e um pouco da essência de cada um dos 5 diretores.
O sucesso de vocês será nosso sucesso, assim como qualquer falha será nossa falha.

Estamos à frente do grupo, pois todos os 5 juntos temos uma visão global que ocorre no grupo... Por isso intervimos no que às vezes pra muitos pode parecer desnecessário...
E fora grupo... 

Tornamos-nos amigos, nos colocando a disposição para auxiliar e ajudar no que estiver em nosso alcance...

Por isso somos seus diretores, pois queremos que vocês sejam os melhores, e brigamos por isso...
Ou seja, quando qualquer problema ocorrer no grupo, por favor, nos procure... 

Estamos aqui para que o que o grupo funcione cada vez melhor, evoluindo casa vez mais...
Devido aos ocorridos do fim de semana volto a dizer à frase que sempre falo pra alguns...

É o momento de começar tudo novo de novo!!!

O ator Célio me procurou... Pois havia escrito um texto.... e acredito que não poderia deixa-lo apenas para meu conhecimento, por isso... Leiam....

Calma , calma!Não criemos pânico.

É, somos um grupo.

Conflito de sentimentos e discussões, às vezes são inevitáveis. Mas por que não transformar implicações em cena, em espetáculos, e não deixar que essas rugas se tornem empecilhos para o bom entrosamento do grupo.

Imaginem o quão lindo será se todos nós trouxermos frustrações, tristezas e rancores para uma cena. 

Fantástico!

Mas não tornem minha mensagem como critica.

Simplesmente interpretem como incentivo a harmonia Grupo Teatral Sol!

Bem Célio, acho quem nem é preciso dizer nada .... Parabéns.

Fiz algumas perguntas ao diretor Diogo... Segue suas respostas... Espero que sirva de inspiração para vocês

O que é arte pra você?

Arte é a reflexão intima do ser, transmitida por cada um através de suas expressões, que remete as sensações humanas, mas que na verdade representa a forma mais hedonista de cada ser ver a vida, o mundo, entender suas relações. Arte! Defini-la é como viajar no submundo obstante dos nossos sentimentos e ter de me ater ao consciente irracional da minha existência estereotipada. Arte, para mim, sou eu, vc, somos nós e o que podemos fazer.

Há quanto tempo você trabalha com teatro?

Desde os 6 anos de idade, coisa bem amadora, mas foi quando conheci um grande amigo (Ricardo Fiuza) ha uns cinco anos que resolvi profissionalizar o que fazia mesmo não podendo me graduar para tal.

No que a arte acrescentou na sua vida?

Passei a perceber as coisas com maior sensibilidade. A deixar de ser racional, de tentar entender tudo como um cálculo matemático, mas a sentir. Sentir uma musica, sentir um poema, sentir um espetáculo, e a partir daí deixar que o meu sentir diga (racionalize) tudo por mim. Assim foi possível conhecer um outro mundo, onde eu posso tudo, onde eu defino o meu amanhã e esqueço o meu ontem se quiser.

Como foi sua primeira experiência de palco?

Palco, palco mesmo! Sem ser teatrinho de escola, nem nada de extremo amadorismo não me recordo muito bem o nome do espetáculo, lembro que eu fazia um anjo e que era uma comedia muito divertida. Mas a experiência mais louca com palco foi no meu primeiro drama (Mais um motoqueiro no além) quando pude me apresentar para mais de mil pessoas, imagina sentir a energia desse tanto de gente focada em cada passo que vc dava, e é claro com o Caso dos Irmãos Naves, por ser uma historia real onde tive de aprofundar minhas pesquisas e literalmente ser o meu personagem, e eu acho que eu fui.

O que mais te agrada no teatro?

A liberdade. A sensação de que tudo posso não importa quem me julgue. Ser tudo que quero, quando quero, e como eu quero.

Como você trabalha a sua construção de personagem?

Acredito muito no critério pesquisa. Penso que conhecer o seu personagem é o primeiro passo para descobrir como agir no palco,quando digo conhecer o personagem é literalmente, tentar, a partir das poucas linhas passadas pelo diretor dando características a persona, imaginar e agir como o personagem nas situações mais diversas como: cozinhar, tomar banho, andar na rua, conversar com a família, conversar com os amigos, ler. Tento pensar como o personagem e a partir de então descobrir como ele anda, como ele fala, como ele gesticula fica muito fácil e muito mais verdadeiro.

Qual sua maior dificuldade na realização de obra?

Nunca tive problemas com diretores em ordem de atuação, quando no palco sou extremamente profissional e sei perfeitamente seguir as orientações mas não consigo conter meus comentários quando vejo uma coisa que eu não me agrada artisticamente eu palpito mesmo, falo que não ta bom e tento convencer as pessoas a mudar, com base em teorias claro, nada a senso comum. Acho que isso faz de mim um cara chato, por ser tão exigente tbm acabo tendo dificuldade de me controlar nesse sentido, eu cobro de mais de mim e dos outros, pra que o público acredite tanto quanto nós devemos acreditar antes de entrar em cena.

O que você diria pra quem se interessa por teatro?

Primeiro se pergunte por que me interesso? Por dinheiro, por fama, por aplausos, buscado ir para a TV? Se for por qualquer um desses motivos, por favor, não perca seu tempo nem faça com que alguém perca o dele lhe ensinando algo. Quando se interessar procure saber por que e se realmente gosta e se interessa pelo teatro em sua essencial ai sim procure alguém que seja tão apaixonado que vc e peça pra que ele te ensine um pouco sobre essa maravilha que é o teatro.

Você tem uma fonte de inspiração? O que é?

Acho que o fato de poder atuar e sentir toda a energia trocada com o outro e com a plateia são minhas maiores motivações. Sabe quando vc ta assistindo um filme e vê uma cena que te emociona e vez aquele arrepio e depois a vontade de chorar, é essa troca de energia que o teatro permite que se faça ao vivo, é que me motiva a fazer, e fazer sempre melhor, mesmo que seja o mesmo personagem. Além dessas todo ator tem varias inspirações dependem sempre de qual é a personagem, como ela é e a partir daí vc descobre o que te faz lançar mão dos seus dotes artísticos. Mas acima de toda motivação, inclusive penso que está é uma motivação universal, a música ajuda qualquer ator no processo de construção, talvez pela facilidade que temos de viajar quando estamos ouvindo alguma que nos remeta a lembranças ou a sensações que de alguma forma estão ligadas ao personagem.

Tem alguma dica pra hora do ação?

Não existe receita mágica pra fazer teatro, mas nada que se deixar levar não resolva. Na hora a gente fica nervoso, da dor de barriga no dia, vc briga com a namorada, com Deus e o mundo, mas quando chega a hora de entrar em cena se vc se deixar levar pelo processo que levou ao personagem, pela energia da cena, pela plateia ai tudo corre na mais tranquila paz. Mas isso não vale pra todos, cada  um descobri o seu on/off quando sobe no palco a primeira vez.

Qual seu gênero teatral favorito?

Adoro clássicos e drama. Mas não posso negar que tragédia e romances clássicos me agradam tbm. Já a comedia me incomoda, talvez pela forma que ela é passada ao publico, foram poucas as que assisti que tenham valido mesmo a pena.

Você tem alguma mania artística?

Nossa um punhado. Antes de entrar em cena gosto de ficar sozinho, dependo do espetáculo gosto de me isolar o dia inteiro até na hora da apresentação.

Eu fico super sem educação e estressado em dia de estreia, tenho que tomar água sempre antes de entrar em cena, e não consigo fazer nada se não ter algum contato com o que me motivou a construir a personagem, seja com a musica, ou a pessoa, eu tenho que ter algum contato pra reafirmar o nascimento daquele ser ali em mim. Alem de essas devo ter varias outras que nem noto ou que já notei e estou omitindo neste post. 

Uma Frase:

O teatro é um a caixa vazia e é nossa obrigação enche-la com fúria, êxtase e revolução.

“Farto te tudo

Clamo a paz da morte

Ao ver quem de valor penar em vida

Os mais inúteis com riqueza e sorte

E a fé mais pura e triste ao ser traída

Honras a quem vale nada

A virtude prostituída

A perfeição caluniada, a força enfraquecida

O déspota calará a voz da arte

E o néscio feito um sábio decidindo

Farto de tudo, penso

Parto sem dor

Mas ao partir deixo só o meu amor.”

Willian Shakespeare